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próprios índios começam a se rebelar contra a barbárie. momento, há menos dez crianças indígenas em Brasília que foram condenadas à morte aldeias. Fugiram com ajuda de religiosos e sobrevivem capital graças a uma ONG, Atini, dirigida por missionários protestantes e apoiada por militantes católicos. A política oficial da Funai é enviar os exilados de volta selva, mesmo que isso signifique colocar suas vidas em risco. “Não é verdade que entre os povos indígenas há mais violência e mais crueldade com seus infantes do que população em geral”, sustenta Aloysio Guapindaia, presidente em exercício da Funai, em resposta por escrito à ISTOÉ. “O tema, tratado de uma forma superficial, transparece preconceito em relação costumes dos povos indígenas”, completa. Tem índio que não concorda. “Ninguém do governo nos ajuda a resolver o problema”, queixa-se Kamiru, auxílio de um tradutor. A recompensa seu gesto de desafiar os costumes de sua gente vem daquele que ela salvou. “Minha verdadeira mãe não é a minha mãe. Minha mãe é a Kamiru”, diz o pequeno Amalé.