The University of Arizona

CERCLL

center for educational resources in culture, language and literacy

Imperfeito do subjuntivo

1. Nota sobre a linguagem:

Atividade A: Clique aqui para fazer a atividade com o vocabulário

 

2. Leitura do texto:

Leia e escute o texto sobre a abordagem de Hellinger na educação de crianças. Em seguida, responda às perguntas.

Clique aqui para escutar o texto enquanto lê.


Crianças que não vão bem na escola

Escrito por Décio Fábio O. Jr.

12-Abr-2004

 

"Todas as crianças são boas, e seus pais também". Bert Hellinger

Uma das grandes dificuldades por que passam as famílias hoje em dia é quanto a crianças que não vão bem na escola. Tais crianças recebem frequentemente rótulos diversos, conferidos a elas por médicos, pedagogos, psicopedagogos, psicólogos, psiquiatras, professores e outros. Os nomes são variados: "disléxicos", "síndrome do déficit de atenção", "hiperatividade", "lento para o processo pedagógico", ou simplesmente "encapetado" ou "difícil".

O trabalho pioneiro de Bert Hellinger e de outros que seguiram seus passos e aplicaram sua metodologia ao campo da educação e das escolas tem mostrado como os acontecimentos familiares remotos ou próximos afetam profundamente a alma da criança e como muitas vezes é possível, com uma postura apropriada, encontrar uma solução simples (mas nem sempre fácil) para problemas de aprendizagem e comportamento inapropriado na escola.

O que vamos relatar é parte de nossa experiência com a abordagem de Hellinger.

Estudo de Caso - "Eu não aguento mais esse menino..."

1. Uma mãe trouxe o filho de 11 anos para uma sessão de aconselhamento. Entrou quase aos gritos e tão logo fechou a porta atrás de si, empurrou o menino para o assento e começou imediatamente a falar bem alto "Eu não aguento mais esse menino... e não sou só eu ... a professora não aguenta, a orientadora não aguenta, a diretora não aguenta, ninguém aguenta... e eu estou aqui hoje com o Sr. como a última esperança. Se o Sr. não puder fazer nada, eu desisto!"

2. Pedi à mãe para se sentar e olhei detidamente para ambos, especialmente para o menino, sentado em silêncio, que me olhava visivelmente amedrontado. A minha impressão imediata foi de simpatia por ele. Fiz algumas perguntas sobre os hábitos dele, tentando evitar focar no comportamento difícil. A mãe, entretanto, não estava disposta a olhar para mais nada exceto o lado "ruim" do filho. Fiz então a pergunta "clássica" nesses casos: "Onde está o papai dele?". Veio então a resposta "clássica": uma seqüência de palavrões e insultos ao homem. Disse ainda que ele era caminhoneiro e que a havia abandonado com o menino quando esse tinha 3 anos.

3. Solicitei de imediato e com muito tato que o menino aguardasse na sala de espera enquanto eu "conversava sobre um assunto de gente grande com a mamãe".

4. Tão logo o menino se retirou eu perguntei à mãe sobre fatos importantes da família de origem dela. Ela me contou então que tanto a mãe dela quanto sua avó materna haviam ficado viúvas bem jovens. Eu perguntei a ela então "Como se sente uma mulher que conseguisse ficar com o marido em relação a sua mãe e sua avó que não puderam manter os seus maridos?" A mãe ficou surpresa e disse "Muito mal!"

5. Então eu disse a ela que imaginasse que o pai do menino estivesse num canto da sala e pedi que ela olhasse para ele durante algum tempo, em silêncio. Sugeri que eu iria dizer a ela algumas frases, que ela deveria repetir somente se " concordasse " com elas. A cliente concordou em seguir dessa forma.

6. A partir daí, com ela "olhando" para o marido, pedi que ela repetisse : "Eu procurei você por muito tempo antes de me casar com você" A cliente repetiu a frase e disse para mim "É verdade doutor! Eu tive muitos pretendentes, mas escolhi esse homem depois de procurar muito!"

7. Em seguida pedi a ela que repetisse "E eu já sabia que você não iria ficar, mas foi muito bom enquanto estive com você. Eu te amei muito" Ela repetiu isso, muito emocionada. Eu perguntei "Você alguma vez já contou isso para o seu filho?" E ela disse "Nunca".

8. Fui até a sala de espera e chamei o menino de volta. Pedi à mãe que dissesse a ele o que havia acabado de falar. Ela disse ao menino "Eu amei muito o seu papai e tive momentos muito felizes com ele."

9. O menino ficou muito emocionado, chorou e pulou nos braços da mãe. A consulta acabou aí. O menino melhorou na escola, sensivelmente.

Concluindo, acreditamos que o emprego da abordagem de Bert Hellinger ao contexto escolar possa conduzir a soluções de aconselhamento factíveis e simples, embora nem sempre fáceis.

Décio Fábio de Oliveira Júnior - médico - cirurgião infantil - atua com a abordagem de Bert Hellinger há 5 anos.

Fonte:
http://educacao.institutohellinger.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=8&Itemid=25, publicado com autorização do autor.

3. Depois de ler o texto:

I. Compreensão de texto:

Atividade B: Clique aqui para fazer a atividade de interpretação de texto

II. Expansão gramatical:

C. Compare as seguintes frases em português.

 

Dr. Décio pede que a mãe do menino repita frases

 

Importante: Nessa frase o verbo 'pedir' está no presente do indicativo e o verbo 'repetir' no presente do subjuntivo.

 

Dr. Décio pediu que a mãe do menino repetisse frases.

 

Importante: Nessa frase o verbo 'pedir' está no passado do indicativo e o verbo 'repetir' no passado do subjuntivo.

 

Note que nessas frases em português, 'pede que ' e ' pediu que ' (Dr. Décio pede que ..., Dr. Décio pediu que ...) influenciam o verbo 'repetir', ou seja:

Verbo na oração principal

 

Verbo na oração subordinada

1. "pede que" no presente do indicativo determina que verbo repetir seja "repita" (presente do subjuntivo)
2. "pediu que" no passado do indicativo determina que o verbo repetir seja "repetisse" (passado do subjuntivo)

 

D. Note como se conjugam os verbos no passado do subjuntivo.

 

1. Encontre a forma do verbo na terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo. Vamos usar o verbo "saber" como exemplo.

Qual a conjugação do verbo "saber" na terceira pessoa do plural (nós) no pretérito perfeito do indicativo?

2. Remova a terminação 'RAM' da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo do verbo em questão.

3. Acrescente as terminações -sse (você, ele, ela, a gente), -ssemos (nós) e -ssem (vocês, eles, elas)

 


Atividade E : Clique aqui para fazer a atividade


Atividade F: Clique aqui para fazer a atividade

G. Observe as seguintes frases:

Dr. Décio disse à mãe do menino que ela deveria repetir as frases somente se ela concordasse com elas.

Nesse caso ‘se' e o passado do subjuntivo expressam uma condição no passado. "Se" e o passado do subjuntivo podem também ser usados para expressar algo que não é contrário aos fatos

Dr. Décio acredita que o menino teria menos problemas se soubesse que a mãe dele tinha sido feliz com o pai dele.

Ou seja, o menino tem problemas porque não sabe que a mãe dele tinha sido feliz com o pai dele. "Se" e o passado do subjuntivo é usado para expressar uma situação oposta.

4. Leitura do segundo texto:

Leia e escute o seguinte texto do mesmo autor e responda às perguntas.

Clique aqui para escutar o texto enquanto lê.


"Meu pai é muito importante para mim..."

1. Um dia no ambulatório de pediatria, chegou uma avó com um menininho de 5 anos para um consulta médica. O menino não parava quieto: mexia em tudo ao seu alcance - a ponto de perturbar-me a atenção enquanto tentava ouvir a avó. Essa, por sua vez, queixava-se de doenças do neto, numa sucessão interminável de sintomas [...].

2. Perguntei pela mãe e pelo pai dele e a avó, que era mãe da mãe, disse "O pai dele não presta!" [...] Quando perguntei pelo contato que o filho tinha com seu pai, ela me disse "Graças a Deus ele não conhece o pai!"

3. Ciente da profunda lealdade inconsciente das crianças com os pais, especialmente se são desdenhados, criticados ou excluídos, eu então disse "Nesse caso, tenho que avisar a senhora que ele ficará igual ao pai!"A avó disse "Não diga isso, doutor! Seria a pior coisa do mundo se acontecesse!"

4. Chamei o menino para meu lado da mesa, pois eu ainda estava sentado de frente para a avó, na mesa de entrevista. Ele veio, tranquilo. Disse que gostaria de mostrar algo para a vovó e que queria fazer com ele uma espécie de "brincadeira", e perguntei se ele "topava" fazer. Como a resposta foi positiva, disse a ele para olhar bem dentro dos olhos da vovó e repetir certas frases que eu iria dizer, mas ele só deveria repeti-las se o coraçãozinho dele estivesse com vontade de fazer isso. Diante da concordância do menino, e do fato de que ele imediatamente fitou a avó, de forma serena, bem dentro dos olhos, decidi prosseguir.

5. Pedi ao menino que dissesse "Querida vovó". Ele repetiu bem sereno, olhando nos olhos da avó "Querida vovó". Em seguida sugeri a frase "Me olhe com carinho se eu tenho um grande lugar no meu coração para o meu papai - ele me faz falta". O menino hesitou por alguns segundos e depois repetiu a frase, olhando nos olhos da avó e soltando uma lágrima silenciosa, ao mesmo tempo. A avó viu aquilo em silêncio e ficou profundamente emocionada. Depois de alguns minutos o menino foi para o colo da avó, bem quieto e se aninhou lá. A agitação e inquietude dele cessaram.

6. Soube depois pelo pessoal do posto de saúde que ele tinha melhorado muito no pré-escolar da creche onde estudava, tinha conhecido o pai e ficado muito mais calmo depois disso.

Autor: Hugo Marques, publicado na Revista IstoÉ nº 1998, de 20/02/2008.
(Reproduzido com autorização da Revista IstoÉ)
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/1998/artigo72492-1.htm

5. Depois de ler o texto:

Atividade H: Clique aqui para fazer a atividade

 


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