3. Leitura do texto:
Leia a primeira parte da reportagem sobre a história do índio Amalé. Preste bastante atenção nos artigos. Para escutar o texto enquanto faz a leitura, clique aqui.
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"O garoto índio que foi enterrado vivo" |
Amalé tem quatro anos. Como muitas outras crianças, na terça-feira 12 ele foi pela primeira vez à escola, em Brasília. Índio da etnia kamaiurá, de Mato Grosso, Amalé chamava a atenção dos demais garotos porque era o único que não usava uniforme nem carregava uma mochila nas costas. Mas Amalé se destaca dos demais por um motivo muito mais preocupante. O pequeno índio é, na verdade, um sobrevivente de sua própria história. Logo que nasceu, às 7 horas de 21 de novembro de 2003, ele foi enterrado vivo pela mãe, Kanui. Seguia-se, assim, um ritual determinado pelo código cultural dos kamaiurás, que manda enterrar vivo aqueles que são gerados por mães solteiras. Para assegurar que o destino de Amalé não fosse mudado, seus avós ainda pisotearam a cova. Ninguém ouviu sequer um choro. Duas horas depois da cerimônia, num gesto que desafiou toda a aldeia, sua tia Kamiru empenhou-se em desenterrar o bebê. Ela lembra que seus olhos e narinas sangravam muito e que o primeiro choro só aconteceu oito horas mais tarde. Os índios mais velhos acreditam que Amalé só escapou da morte porque naquele dia a terra da cova estava misturada a muitas folhas e gravetos, o que pode ter formado uma pequena bolha de ar.
Autor: Hugo Marques, publicado na Revista IstoÉ
nº 1998, de 20/02/2008.
(Reproduzido com autorização da Revista IstoÉ)
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/1998/artigo72492-1.htm
4. Depois de ler o texto:
I. Compreensão de texto:
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II. Expansão gramatical:
Atividade C: Clique aqui para fazer o reconhecimento da gramática
Atividade D: Clique aqui para ver a tabela de combinação de artigos
Atividade E: Clique aqui para praticar com algumas frases
Atividade F: Clique aqui para praticar com um parágrafo
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